terça-feira, 3 de agosto de 2010

Francesa é presa por manter marido octogenário em cativeiro



Uma francesa de 45 anos foi indiciada e está em detenção provisória por ter mantido seu marido octogenário em cativeiro durante um ano na residência do casal.
François Deweille ficou trancado na lavanderia no subsolo da casa, sem janelas, sofreu maus tratos e era alimentado somente com produtos com a data de validade vencida.
Béatrice Fautré foi indiciada por sequestro, violência sobre pessoa vulnerável e abuso da fragilidade de outra pessoa e está detida desde sábado passado na prisão de Versalhes, nos arredores de Paris.
Fautré havia trabalhado como empregada do octogenário e se casou com ele no início de 2008.
De acordo com a polícia, ela teria retirado 500 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão) de uma conta bancária conjunta. As investigações, que estão na fase inicial, vão determinar se houve mais desvios de dinheiro no passado.
"Há sem dúvida o fator financeiro. Ela se aproveitou amplamente da fortuna de seu marido. Mas isso não explicaria tudo. Nada a impedia de desviar o dinheiro sem precisar sequestrá-lo nessas condições", afirmou o comandante Bruno Arviset, da polícia militar do departamento de Eure-et-Loir, no centro-norte da França.
O octogenário, que tinha a visão reduzida, ficou totalmente cego após ter ficado preso por um ano na lavanderia sem janelas no subsolo da casa, situada na cidade de Arrou, em Eure-et-Loir.
Ele foi hospitalizado em estado de choque na quarta-feira passada em um hospital da região. Seu corpo estava coberto de hematomas e ele sofria de desnutrição, segundo a polícia.
O amante de Fautré, dono de um supermercado da cidade, morava na casa onde o octogenário estava preso. Ele e o filho mais velho da esposa, de 22 anos, foram indiciados por cumplicidade no sequestro e por não ter denunciado os maus tratos.
Eles permanecem em liberdade, mas sob controle judicial, com obrigação de cumprir exigências impostas pela Justiça, como não sair da cidade e comparecer às convocações das autoridades.
"A esposa alimentava o marido duas vezes por dia com produtos estragados. Não havia refeições quentes. Somente ela detinha a chave do local e era a única a ter contato com o octogenário", afirmou o comandante Arviset.

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