sexta-feira, 30 de julho de 2010

Controle de moléculas no pulmão pode ser chave contra tuberculose



Um pesquisador da Universidade McGill, na cidade canadense de Quebec, descobriu que drogas existentes podem ajudar no combate à tuberculose por meio do controle da produção de eicosanoides, moléculas ligadas ao sistema imunológico humano.
Após a absorção da bácteria pelas vias respiratórias, macrófagos localizados nos alvéolos pulmonares detectam o parasita e o engolfam para proteger o organismo. O segredo da tuberculose está na capacidade da bactéria, obtida com o passar dos anos, de sobreviver e se replicar dentro das células de defesa.
A morte do macrófagos define a imunidade do corpo à tuberculose. Caso as células sejam destruídas por necrose, as bactérias continuam a se espalhar pelo organismo do infectado.
O código genético da bactéria responsável pela tuberculose pode fazer com que o nível de dois tipos de eicosanoides favoreça à necrose dos macrófagos.
Mas caso o nível de eicosanoides seja favorável, pode ocorrer apoptose nas células de defesa, mecanismo no qual a membrana é mantida, prendendo os bacilos e impedindo a disseminação da tuberculose a outras partes do corpo.
O médico Maziar Divangahi descobriu em sua pesquisa que drogas existentes para o combate de outras patologias como a artrite reumatoide já controlam a produção de eicosanoides. "O próximo passo é descobrir exatamente como as drogas podem ser usadas para combater especificamente a tuberculose", afirma Divangahi.
A doença infecta entre 8 e 10 milhões de pessoas todo ano. Transmissível por meio de tosses e espirros, a patologia causada pelo bacilo de Koch mata 2 milhões de infectados anualmente.
Por vezes a tuberculose não apresenta sintomas evidentes e pode persistir em indivíduos com sistemas imunológicos normais.

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