sexta-feira, 30 de julho de 2010

Documentário mostra facetas desconhecidas de medalhões da MPB



Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo são artistas nacional e até internacionalmente conhecidos. Mas quase ninguém sabe quem são as pessoas por trás dos ídolos. Mesmo não sendo o foco principal de “Uma noite em 67”, o documentário, dirigido pelo publicitário Renato Terra e pelo jornalista Ricardo Calil, mostra facetas raramente vistas de vários dos nossos maiores músicos. Ou você já viu Chico dizendo que não se lembra de participar das reuniões em que se organizava o tropicalismo porque estava bêbado?
“A gente comemorou a entrevista do Chico, saiu para tomar um chope. Não acreditamos que ele tinha falado isso para a gente”, comenta Terra.
O longa começou idealizado como um apanhado da época dos festivais e terminou com um recorte da final do concurso de 1967. A noite foi uma das mais marcantes da História da música brasileira, com direito a Sérgio Ricardo quebrando seu violão sob vaias, guitarras recém-incorporadas ao repertório nacional e um certo grupo iniciante chamado Mutantes, além, é claro, de cantores e músicas que entraram para o imaginário nacional.
“A gente lidou com memória, que é algo muito delicado, muito fugidia”, afirma Calil, dando outro exemplo de Chico. “Em alguns momentos a gente conseguiu esse milagre que é eles [os entrevistados] darem declarações que não estavam no discurso. Que o ‘gene’ da memória despertou alguma coisa. Como quando o Chico fala que era duro ser considerado velho com 23 anos.”

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