segunda-feira, 12 de julho de 2010

Configurações de privacidade não asseguram controle de dados na web


O mais recente hit da internet é o vídeo gravado por uma mulher enquanto ela acerta contas com a suposta amante do marido. O fato aconteceu em Sorocaba, no interior de São Paulo, e o arquivo disponível na rede mostra a advogada Vivian Almeida de Oliveira, de 34 anos, exibindo os e-mails trocados entre seu marido e a amante para, no fim, agredir a outra mulher. Embora tenha ficado poucos minutos na internet inicialmente, outros usuários recolocaram o vídeo e informações se espalharam pelo Orkut e pelo Twitter.
Os dez minutos de vídeo vazaram de uma gravação total de 1 hora e 20 minutos. A advogada colocou o vídeo no Orkut achando que apenas seus amigos teriam acesso. No entanto, o caso rapidamente saiu do controle e tomou proporções inesperadas, levantando questionamentos sobre a privacidade na internet – ou como não dá para controlar o fluxo das informações enviadas à rede.
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
nternautas descobriram nomes, fotos, trotes e perfis em redes sociais
O vídeo se espalhar na rede não foi suficiente. Internautas e alguns trolls rapidamente garimparam o nome dos envolvidos e fotos. Os links para os perfis em redes sociais começaram a acompanhar cada postagem do vídeo no YouTube.
Os mais invasivos descobriram os números de telefone e fizeram trotes, tentando extrair informação ou mesmo qualquer reação. As chamadas, normalmente realizadas via VoIP e gravadas, foram depois colocadas na internet. Em um dos trotes, feitos com o marido da advogada, o troll se passa por um jornalista querendo “ouvir os dois lados”. O homem acaba divulgando outro número de telefone.
Em outras palavras, é fácil hoje descobrir informações pessoais usando os recursos na internet. Seja porque muitas pessoas deixam esses dados sem querer em alguns bancos de dados – como listas telefônicas – ou porque acabam colocando essas informações propositalmente em perfis de redes sociais. E, na maioria dos casos, um nome completo é suficiente para achar um perfil no Orkut.
“Muitas vezes, colocamos informações pessoais na internet sem nos preocuparmos com quem terá acesso a estas informações e, principalmente, como irão lidar com elas”, opina a advogada especializada em tecnologia Laine Souza.

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